segunda-feira, 21 de maio de 2012

Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas

Em Junho de 1821 o Rei D. João VI regressou do Brasil para jurar e fazer cumprir a nova Constituição que foi aprovada apenas em 1822. No entanto, mesmo entre a família real havia divisões a nível de ideologia política. D. Carlota e seu filho Miguel aliaram-se aos conservadores pois pretendiam restaurar o absolutismo. D. João VI e seu filho mais velho D. Pedro IV eram defensores das ideias liberais. Além do descontentamento dos portugueses, como por exemplo da burguesia, havia muita divisão entre o que seria melhor: um regime absolutista ou um regime liberal. Como houve uma mudança em 1820 para o regime liberal, pensava-se que a situação do país melhoraria, mas nem por isso. Como ficou conhecida essa tentativa? Vilafrancada

Com a Vilafrancada, D. Miguel impôs o absolutismo, mas o seu pai conseguiu dominar a situação. D. Miguel tentou novamente e no ano seguinte impôs o absolutismo – Abrilada – mas foi novamente derrotado e expulso do país. D. João VI reina o país de que forma a partir da Abrilada? D. João VI retirou a chefia do exército a D. Miguel, obrigou-o a abandonar o pais e passou a governar o reino num regime absolutismo moderado até à data da sua morte 26 de Março de 1826. De Abril de 1824 até Março de 1826, D. João VI governou de forma absoluta mas moderada, o que levou muitos dos liberais revoltosos de 1820 a abandonar o país e seguirem para Inglaterra, França e Açores…

Quando D. João morreu deveria suceder-lhe o seu filho mais velho D. Pedro IV, mas este recusou o trono português! Porquê? Porque era imperador no Brasil e não quis trocar o Brasil por Portugal. Mas apresentou uma proposta solução para a sucessão ao trono.

Qual? A sua filha que contava então 7 anos, D. Maria da Glória, foi prometida em casamento ao tio D. Miguel que se encontrava em Viena e que seria regente até a sua maioridade. Portanto um casamento entre tio e sobrinha, desde que ele respeitasse um novo documento que D. Pedro IV apresentou para Portugal e que seria uma forma de satisfazer os absolutistas e os liberais.

Que documento era esse? A carta Constitucional.

Quando D. Miguel chegou a Portugal esqueceu-se de todos os compromissos assumidos perante o irmão e a rainha, sua futura esposa, D. Miguel assumiu um poder verdadeiramente absolutista, dissolvendo as cortes e convocando-as à moda antiga e foi aclamado rei absoluto. Tínhamos um sucessor legítimo ao trono que trocou uma ex-colónia que ele próprio declarou como independente de Portugal que recusou o trono português. Propôs uma filha de 7 anos que nunca tinha estado em Portugal. Por outro lado, um irmão que foi falso, desonesto porque jurara um acordo e falhou com esse acordo logo que pôde. Portanto, havia portugueses a favor de D. Pedro IV porque era liberal e portugueses que eram a favor de D. Miguel que apesar de falso era patriota, defendia Portugal acima de tudo, mas absolutista.

Esse problema e essa divisão entre liberais e absolutistas acabaram numa guerra civil que durou entre 1832 e 1834!

D. Pedro abdicou do trono brasileiro e vai para o continente combater contra o seu irmão.

Como acabou a guerra civil? O exército absolutista foi surpreendido pelas forças liberais, muitos apoiantes de D. Miguel abandonaram-no condenando à morte o absolutismo. Portanto os liberais venceram e como ficou o governo de Portugal? Convenção de Évora Monte

Então assinaram a paz em 27 de Maio de 1834 em Évora Monte, D. Miguel e D. Pedro e os liberais estabeleceram condições; apesar de todas as dificuldades persistiu a monarquia constitucional. D. Pedro IV ficou a reinar, mas ele morreu pouco depois. Depois da morte de D. Pedro subiu ao trono D. Maria II.

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